Cultura do milho

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Publicado em 15/08/2023 às 08h14, por: Coplana

 Cultura do milho

O destaque é a versatilidade

O milho vem se destacando entre os principais produtos da balança comercial do Brasil, e o país é o terceiro maior produtor mundial do grão, ficando atrás de Estados Unidos e China. A previsão para a safra 2020/2021, segundo a consultoria Datagro é de que a produção nacional chegue a 101,65 milhões toneladas de milho.

Milho como cultura de rotação

No Brasil, são três safras ao ano: a safra de verão, com plantio entre setembro e dezembro; a safrinha, com o plantio de janeiro a abril; e a terceira safra, em que o plantio ocorre de abril a junho.

Cultura versátil, o milho também encontrou espaço na rotação com cana-de-açúcar, como explica Luiz Gustavo Gandini de Oliveira Bueno, engenheiro agrônomo da Coplana. “Uma prática muito utilizada em nossa região na reforma de canaviais é a rotação com cereais, sendo as principais, o amendoim e a soja. O milho vem ganhando espaço nesse cenário. O produtor acaba postergando a reforma do canavial por um ano e incluindo culturas como o milho em seu manejo. Também está sendo usado para o plantio na sequência da soja ou amendoim. Isso reduz o índice de pragas e doenças na lavoura, reciclando nutrientes. O produtor pode passar a ter um excelente retorno financeiro, por ser a principal fonte energética na alimentação animal. E o investimento é consideravelmente pequeno em equipamentos agrícolas para condução da cultura, sendo necessário investir apenas na mudança de plataforma de colheita ”, destaca Gandini.

Para Sérgio de Souza Nakagi, produtor e diretor secretário da Coplana, a cultura do milho atende a vários propósitos. “O milho possui diversas variedades, algumas com rusticidade boa para atender ao plantio do milho safrinha, por exemplo. O milho tem várias finalidades: pode ser utilizado para grãos, quando é preciso esperar a planta morrer e secar para depois colher; pode ser utilizado como silagem, para ração animal; e também para a produção de biocombustível. O milho tem valor agregado, comparado ao sorgo e ao milheto, devido à sua característica de cultura que pode ser utilizada para diversos fins. ”

Controle de pragas e doenças

Como outras culturas, a lavoura de milho precisa ser constantemente monitorada, principalmente para evitar doenças e pragas. Entre as principais pragas que causam danos no desenvolvimento inicial da planta estão: corós, larva-arame, lagarta-rosca, lagarta-elasmo e a larva-alfinete. Elas podem ser controladas, de forma geral, com o tratamento das sementes e uso de inseticidas sistêmicos no sulco de plantio.

As pragas de parte aérea causam danos na parte superior da planta, sendo os principais prejuízos: redução de área foliar (lagarta-do-cartucho), redução de fotoassimilados (cigarrinha-do-milho), redução e deterioração de grãos (lagarta-da-espiga). O controle dessas pragas pode ser realizado com inseticidas químicos, ou através de controle biológico, com o manejo integrado de pragas (MIP), posicionando a melhor estratégia de acordo com a época de aplicação e índice de infestação.

No geral, vale a prevenção com fungicidas. “O controle de doenças na cultura do milho é feito, basicamente, através do uso de fungicidas multissítio, de maneira preventiva, com o intuito de evitar a entrada do patógeno na planta e, consequentemente, reduzir a área fotossintética”, lembra o agrônomo Gandini.

Principais desafios da cultura

O principal desafio para produtores são as questões climáticas, que interferem diretamente no planejamento da produção. Para Nakagi, encontrar uma janela adequada de plantio entre uma cultura e outra não é tarefa fácil. “O milho é uma cultura de um ciclo um pouco mais longo, comparado à soja e ao amendoim. Com o milho, você tenta fazer com que o plantio, para a safrinha, seja feito o quanto antes. No máximo, até os meses de fevereiro e março, o que vai depender do regime de chuvas e umidade no solo. Nas últimas safras, não temos tido boas condições climáticas, o que se torna um desafio encontrar uma janela adequada de plantio para obter sucesso com a produção” afirma.

O agrônomo da Coplana, Luiz Gustavo Gandini, também aponta desafios no manejo. “O principal desafio desta cultura está relacionado ao bom manejo nutricional, realizando o aporte de nutrientes nos momentos específicos de necessidade da cultura, e no controle de pragas, especificamente a cigarrinha-do-milho. Essa praga, se não controlada, pode reduzir drasticamente o desenvolvimento da cultura e também fazer com que o produtor perca sua lavoura. ”

Dessa forma, a melhor estratégia é buscar sempre o apoio técnicos para tomar a melhor decisão e, assim, explorar todo o potencial que a cultura pode entregar ao produtor. Na hora de produzir, entre em contato com nossa equipe para orientações e recomendações.

Esta reportagem foi uma sugestão de pauta do Núcleo da Mulher Coplana, com o objetivo de trazer conhecimento sobre as culturas da região. Integrantes do Núcleo: Danielle Bellodi Baratela, Camila Bellodi, Jaqueline Nuno, Simone Penariol e Thais Nucci.

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